O residente já estava cinco anos mais velho e tinha trabalhado em diferentes lugares, quando resolveu voltar à sua cidade e visitar o hospital. Sentia-se como aqueles pacientes que, de vez em quando, vinham visitar o quarto dos residentes. Já era casado e possuía um carro próprio.
Parou em frente ao hospital e viu um enorme vazio. Ele já não existia mais. Havia sido demolido há algum tempo. Apenas pedaços de tijolos e restos de alicerce, sobraram naquele lugar deserto. Parecia mais um cemitério abandonado. Ali estava sepultada, para sempre, a sua memória de estudante.
Lembrou do filósofo Péricles e da sua profecia escrita no quadro pendurado na parede do quarto. Poderia muito bem servir de epitáfio para aquele monte de túmulos destruídos. O sentimento de perda ainda existia, mas já era menor do que o de alegria. Havíamos realizado nossa última missão. Aquela destruição representava o nosso sonho de vitória. E os "loucos" onde estariam agora?
quinta-feira, 15 de abril de 2010
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